Rei de um mundo sem Rei
Coroa feita de vento e poesia, teu trono é a noite, a rua, o dia. Ninguém te serve, ninguém te elegeu, mas reinas soberano no que és teu. Os teus domínios não têm mapa ou lei, és dono do caos, do verso, do desejo. Pisas em sombras, desbravas o abismo, e teu cetro é um riso, um punho, um cismo. Não há súditos, não há fronteiras, só o fogo que trazes nas fogueiras de quem nunca se ajoelhou. Rei sem reino, mas dono do assombro que fazem os loucos quando lembram que um mundo sem rei também é um mundo — e te chamam. Lá estava ele, sentado num trono imaginário, cercado de aliados duvidosos, decisões inconclusas e cúpulas que mais pareciam encontros de terapia em grupo. O Rei? Ninguém sabe ao certo. O mundo, esse velho tabuleiro com peças que se movem sozinhas, vive à procura de uma liderança — mas não qualquer uma, tem que ser aquela que prometa paz, distribua petróleo e, se possível, não comece a próxima guerra por um meme mal interpretado. No cenário global, os Estados Unid...